Quando a dor não faz sentido: você pode estar vivendo com dor mista
- Livia Auni

- 23 de jun.
- 3 min de leitura
Você já sentiu que a sua dor não se encaixa em nenhuma explicação simples?
Às vezes parece muscular... outras vezes queima, arde, formiga... e, de repente, piora sem nenhum motivo aparente. Você já passou por médicos, exames, tratamentos — e mesmo assim a dor continua ali. Isso não é exagero. Isso não é psicológico. Isso pode ser dor mista.
O que é dor mista?
A dor mista acontece quando diferentes mecanismos de dor se somam no mesmo corpo. Pode ter começado com uma lesão, mas com o tempo a dor se espalhou, mudou, ficou mais sensível...Ela mistura sinais do corpo e do sistema nervoso, dificultando o diagnóstico e o tratamento — principalmente se o profissional não estiver preparado para identificar isso.
Vamos a dois exemplos para você entender (e talvez se reconhecer):
🟡 Caso 1: Vanessa, 34 anos – caiu jogando futebol
Vanessa caiu de lado numa partida de futebol e machucou o quadril. Nos primeiros dias, ela sentiu dor com inchaço e calor, como toda lesão (isso é dor inflamatória). Mas depois de muito tempo em repouso, começou a sentir dor no glúteo e na lombar — como se os músculos estivessem sempre tensionados. Logo depois, a dor começou a descer pela perna, com sensação de formigamento e queimação, mesmo sem nova lesão. Meses depois, mesmo com exames normais, a dor continua ali, às vezes pior, às vezes em outro lugar.
Vanessa não está inventando. Seu corpo passou por vários estágios da dor.
Hoje, ela vive com dor mista.
🟡 Caso 2: Silvia, 49 anos – fibromialgia e dor no ombro
Silvia tem fibromialgia há anos. Convive com dores generalizadas, cansaço constante, noites mal dormidas e um corpo que parece sempre em alerta. Ela aprendeu a lidar com isso, mas depois de uma mudança cansativa (carregando caixas e subindo escadas), começou a sentir uma nova dor no ombro, diferente do que já sentiu. Era mais localizada, mais aguda, difícil de aliviar com os métodos de sempre.
“Mas por que ninguém me explicou isso antes?”
Porque ainda é raro encontrar profissionais com formação específica para entender todos os mecanismos da dor. O mais comum é receber diagnósticos isolados (“é muscular”, “é nervo”, “é psicológico”) — quando, na verdade, os sistemas do corpo estão todos interligados.
E o pior: muitos pacientes acabam se sentindo invalidados, ouvindo frases como:
“Seu exame está normal, não tem nada aí.”
“Talvez seja estresse.”
“Você precisa aprender a conviver com isso.”
Mas a verdade é que conviver com dor crônica não precisa ser uma sentença sem saída. Com um atendimento certo, feito por profissionais que entendem as camadas da dor, é possível sim:
Reduzir o impacto da dor no seu dia
Voltar a se movimentar com mais segurança
Aprender a lidar com os gatilhos que aumentam os sintomas
Reconstruir a confiança no seu corpo
A dor é real. E merece ser ouvida com seriedade.
Se você está lendo esse texto e sentiu que ele poderia ter sido escrito sobre você…Saiba que você não está sozinha(o).
Existe uma fisioterapia que olha além dos exames. Uma abordagem que considera o corpo, o sistema nervoso, a história da dor e o contexto emocional — sem prometer cura mágica, mas com um plano realista e respeitoso.
Se você quiser entender mais sobre como funciona esse tipo de atendimento, ou se quiser conversar sobre o seu caso, estou por aqui.💬 Me chama. Seu corpo merece ser cuidado com profundidade.
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